Proposições continuidade do PISF

Proposições continuidade do PISF

1. Sobre a Academia Cearense de Engenharia

A Academia Cearense de Engenharia-ACE é uma associação técnico-científico-cultural, que atua de forma honorífica, independente e suprapartidária. Apesar de recente, a ACE já deu diversas contribuições para que os Engenheiros atuem de forma competente e inovadora, à luz da ética e da sustentabilidade.

Essa atuação efetiva faz parte das finalidades estatutárias da Academia Cearense de Engenharia, das quais se destacam:

  • preservar a memória da engenharia cearense;
  • incentivar o aprimoramento da cultura e da ética na engenharia;
  • contribuir para o estudo de temas que apoiem a formulação e avaliação de políticas públicas;
  • contribuir para o desenvolvimento sustentável;
  • incentivar a pesquisa e a inovação na engenharia;
  • realizar eventos técnicos, científicos, e culturais focados em temas de interesse da engenharia e da sociedade cearense e brasileira.

2. Atuação da Academia Cearense de Engenharia no Projeto de Integração  do Rio São Francisco                               

Os Acadêmicos da Academia Cearense de Engenharia são pessoas que pautaram suas vidas pela Ética. Que se dedicaram ao trabalho, com competência técnica e com foco em resultados. Mesclaram o bom senso aos seus conhecimentos multidisciplinares, para realizar trabalhos inovadores, e de qualidade, com a correta utilização dos conhecimentos da Engenharia.

Alguns foram, ou ainda são: empresários, reitores, pró-reitores, professores, ministros de Estado, secretários estaduais e municipais, dirigentes regionais e nacionais, dirigentes de entidades de classe, ou profissionais da engenharia, entre tantas outras funções relevantes.

A Academia Cearense de Engenharia, através de seus atuais Acadêmicos, teve atuação técnica e política, na viabilização do Projeto de Integração de Bacias ao Rio São Francisco.

Em seu primeiro ano de atuação, em outubro de 2016, a ACE realizou visita técnica aos pontos estratégicos das obras, no trecho Eixo Norte, situados nos Municípios de Cabrobó e Salgueiro, em Pernambuco, e Jati, Brejo Santo e Mauriti, no Ceará.

Naquela época, cerca de 90 % das obras estavam concluídas. A ACE documentou as observações técnicas dos Acadêmicos, e trouxe luz aos graves prejuízos para os cearenses, em virtude dos atrasos observados, chamando a atenção dos governantes e da sociedade cearense para as ações necessárias. Isso foi feito com a publicação de documento técnico, com várias recomendações, publicação de artigos técnicos, e com realização de palestras, com especialistas do Governo e setor empresarial.

Desnecessário detalhar a importância do Projeto de Transposição do Rio São Francisco, que está documentada em quatro artigos publicados na Revista da Academia Cearense de Engenharia, com sugestões de ações a serem adotadas pelos órgãos públicos, diretamente envolvidos com a obra:

  • A Verdade sobre o Projeto de Transposição (Engenheiro Agrônomo Antônio de Albuquerque Sousa Filho-Presidente da ACE);
  • A Contextualização da Obra de Integração das Águas do Rio São Francisco (Engenheiro Civil Victor César da Frota Pinto-Presidente de Honra da ACE);
  • Fatores que Impactaram no Atraso das Obras do Rio São Francisco (Engenheiro Civil Otacílio Borges Filho-Acadêmico Titular Fundador da ACE);
  • Empreendedorismo e Inovação no Entorno da Transposição do São Francisco (Engenheiro Eletricista Antônio Salvador da Rocha (atual presidente da ACE)).

Todos os artigos estão disponíveis na homepage da ACE, link publicações: https://www.academiadeengenharia-ce.com.br/artigos/

Alguns dos atuais Acadêmicos da Academia Cearense de Engenharia, mesmo antes de sua criação, deram contribuições técnicas e de gestão, de forma direta e indireta, que foram fundamentais para o desenvolvimento da obra, recém-concluída.

Não há dúvida de que a engenharia cearense foi decisiva para a viabilização do projeto de Integração de Bacias com o Rio São Francisco. Quatro acadêmicos titulares da ACE fizeram parte da história desta obra, e merecem o reconhecimento dos cearenses, e brasileiros, pela grande contribuição técnica e de gestão dada por Eng. Civil Francisco José Coelho Teixeira; Eng. Civil Francisco Lopes Viana; Eng. Civil Hypérides Pereira de Macedo; e Eng. Mec. Roberto Sergio Farias de Souza.

Os profissionais deram suas contribuições no período mais turbulento para o projeto, participando de acalorados debates e coordenando estudos para a demonstração da importância, da necessidade e da viabilidade técnica, social, econômica e ambiental do projeto. Foram com as contribuições efetivas deles que foram obtidas a autorização do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, outorga da Agência Nacional de Águas, licenças do Ibama e do Iphan, apoio dos Governadores, e outras.

Outros acadêmicos da Academia Cearense de Engenharia tiveram atuação indireta no projeto PISF, mas de fundamental importância na defesa do projeto:

Engenheiro Agrônomo Antônio de Albuquerque Sousa Filho; Engenheiro Civil Victor César da Frota Pinto; Engenheiro Eletricista Antonio Salvador da Rocha; Engenheiro Civil Otacílio Borges Filho; Jesualdo Pereira Farias; Engenheiro Agrônomo José Flávio Barreto de Melo; Engenheiro Civil Manfredo Cássio de Aguiar Borges; Engenheiro Civil Antonio Nunes de Miranda; Engenheiro Civil Lyttelton Rebelo Fortes; Engenheiro Civil Eudoro Walter de Santana.

3. PROPOSIÇÕES PARA O APROVEITAMENTO E CONTINUIDADE DA INTEGRAÇÃO DO SÃO FRANCISCO

É preceito estatutário da Academia Cearense de Engenharia-ACE a defesa dos interesses sociais e humanos, orientando seus esforços para a defesa da cidadania e da promoção do desenvolvimento sustentável do Ceará. A partir dos eventos e documentos elaborados pela ACE, adaptados para a realidade atual, a Academia Cearense de Engenharia apresenta propostas para garantir a correta utilização dessa importante obra, que devem ser realizados em parcerias entre os órgãos governamentais, instituições científicas e tecnológicas e setores empresariais e sociais, organizados:

  • garantir recursos para manutenção das obras de engenharia: canais, túneis, reservatórios, e elevatórias, de modo a garantir a continuidade de operação do sistema;
  • investir na revitalização do rio São Francisco, com a redução do assoreamento e promover o esgotamento sanitário das populações ribeirinhas;
  • monitorar, conservar e recuperar áreas degradadas, resultantes do mau uso de atividades agrícolas, industriais, de mineração, de extração de areia, de obras de infraestrutura, de assentamentos urbanos e rurais, e outras atividades, na região do entorno do PISF;
  • desenvolver estudos para implantação de ações de sustentabilidade operacional no sistema do PISF, com a estruturação de aparato institucional, adequado, para gerenciar a operação e manutenção do projeto.
  • encontrar soluções para a sustentabilidade financeira do PISF, com a redução ao máximo o custo da água;
  • desenvolver estudos para reduzir o custo da energia elétrica usada no bombeamento da água, inclusive com o uso de energias alternativas;
  • implementar projetos de produção de energia solar sobre os canais e reservatórios do projeto de transposição, contribuindo para redução de evaporação da água;
  • implementar projetos de produção de geração de energia eólica e/ou sistemas distribuídos para abastecer as comunidades localizadas no entorno da Transposição;
  • estabelecer indicadores e mecanismos de acompanhamento e avaliação dos benefícios derivados da obra de transposição;
  • viabilizar investimentos adicionais para levar água às comunidades de áreas adjacentes aos canais e de regiões mais dispersas do sertão nordestino;
  • planejar nova entrada de água no Ceará, no ramal do Salgado-Jaguaribe, próximo das grandes demandas de Abastecimento da RMF e de Irrigação no Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi, reduzindo-se as perdas atuais, inerentes ao percurso de 300 km.
  • criar e expandir aceleradoras, incubadoras, parques tecnológicos e minidistritos industriais que abriguem empresas industriais, do agronegócio e de serviços, em polos de desenvolvimento próximos à Transposição;
  • criar mecanismos de aproximação entre as instituições científicas e tecnológicas com o setor empresarial e prefeituras, para que seu potencial científico e tecnológico seja uma ferramenta de desenvolvimento da região do entrono da Transposição;
  • apoiar projetos de pesquisa e de transferência de tecnologias para empresas e prefeituras próximas ao PISF, para aumentar a inovação de produtos, processos e serviços, nas mesmas;
  • apoiar ações para melhoria da gestão empreendedora e estratégica de micro e pequenas empresas e prefeituras do entorno das Bacias de Integração;
  • capacitar e requalificar profissionais para atuar nas Bacias de Integração;
  • apoiar ações de educação ambiental para disseminar e possibilitar a absorção do conhecimento, garantindo-se a sustentabilidade;
  • formar os jovens em Empreendedorismo e incentivar, financeiramente a criação de micro e pequenas empresas;
  • promover eventos técnico-científico-educativos para formação de agentes multiplicadores em educação ambiental e em tecnologias apropriadas ao desenvolvimento de cada região;

Por fim, a Academia Cearense de Engenharia coloca-se à disposição do Ministério de Desenvolvimento Regional, de outros órgãos governamentais, empresariais e sociais, para o detalhamento dessas proposstas.

Fortaleza, junho de 2020.
Antonio Salvador da Rocha.
Presidente da Academia Cearense de Engenharia.

Ao Senhor.
Gustavo Canuto.
Ministro de Desenvolvimento Regional.


ACADEMIA CEARENSE DE ENGENHARIA – GESTÃO 2020-2021

Diretoria (2020-2021)

Eng. Elet. Antonio Salvador da Rocha – Presidente.
Eng. Civil Lyttelton Rebelo Fortes – Vice-Presidente.
Eng. Civil: César Aziz Ary – Primeiro Secretário.

Eng Mec. Fernando Ribeiro de Melo Nunes – Segundo Secretário.
Eng. Civil: Gerardo Santos Filho – Primeiro Tesoureiro.

Eng. Agrônomo José Flávio Barreto de Melo – Segundo Tesoureiro.

Conselho Fiscal

Eng. Agrônomo Mauro Barros Gondim -Titular.
Eng. Civil Joaquim Antônio Caracas Nogueira-Titular.

Eng. Mec. José Maria de Sales Andrade Neto-Titular.
Eng. Agrônomo Ubiratan Sales Vieira-Suplente.

Eng. Mecânico Roberto Ney Ciarlini-Suplente.

Conselho Consultivo

Eng. Agrônomo Antônio de Albuquerque Sousa Filho-Ex-Presidente.
Eng. Civil Victor César da Frota Pinto-Ex-Presidente.
Eng. Civil Vicente Cavalcante Fialho-Acadêmico Fundador.

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