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A CONTEXTUALIZAÇÃO DA OBRA DE INTEGRAÇÃO DAS ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCO
Victor César da Frota Pinto *
O momento é de uma grande união de forças dos mais variados segmentos da sociedade, com a imprescindível abstenção de interesses pessoais e/ou político-partidários junto ao governo federal em respeito à região nordestina e, sobretudo, ao Ceará para a conclusão da obra da transposição.
Em iniciativa das mais lúcidas, a Academia Cearense de Engenharia (ACE), juntamente com representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará (Crea-CE), esteve visitando o eixo norte da referida obra, com o intuito de conhecer a real situação física dos trabalhos executados, diante do eminente colapso das reservas para o abastecimento d’água do Ceará.
Vale ressaltar que a transposição se trata de um grandioso projeto que orgulha a engenharia brasileira, sendo a maior obra de infraestrutura hídrica do Brasil e figura dentre as cinquenta maiores de infraestrutura em construção no mundo. O certo é que a referida obra é vital ao desenvolvimento e segurança hídrica do Ceará, pois irá garantir a manutenção dos mananciais no estado.
Por outro lado, os impactos decorrentes das mudanças climáticas têm provocado alterações na quantidade e na qualidade dos recursos hídricos. Com base em estudos, os “experts” demonstram que a demanda por água tende a aumentar, enquanto a disponibilidade hídrica tende a diminuir, como tem ocorrido principalmente nas regiões de baixas latitudes no semiárido brasileiro.
O Projeto de Integração das Águas do Rio São Francisco (PISF) com as bacias hidrográficas do Nordeste Setentrional resolverá o abastecimento de cerca de 12 milhões de pessoas que vivem em 390 cidades dos Estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Referida obra de relevância social, no seu alto grau de complexidade, encontra-se com cerca de 90% executada. Falta pouco para a chegada das águas ao Ceará. A responsabilidade diante do investimento público realizado durante cerca de 10 anos exige uma grande união de todas as forças políticas, com o objetivo de atuar no mesmo sentido junto ao governo federal objetivando quebrar as amarras burocráticas, com a utilização de regime diferenciado de contratação, com o devido consentimento dos órgãos de controle.
Por ser uma questão emergencial, a sonhada e imprescindível conclusão da obra requer uma atuação conjunta. Só assim, os recursos empregados terão a real utilidade para o alcance da finalidade social básica a que se destina o referido empreendimento público, que é a de atender a uma população que clama por água, condição vital de sobrevivência humana.
[1] Victor César da Frota Pinto – Engenheiro Cívil, Presidente de Honra da ACE.
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